O QUE É RETINOPATIA DIABÉTICA?

A retinopatia diabética é uma doença causada pelos altos níveis de glicose no sangue do
paciente diabético. Ela ocorre em 60% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e em
quase 100% em diabéticos tipo 1 após 20 anos de doença.
Devido a essa alta incidência, a retinopatia deve ser rastreada rotineiramente nos
pacientes diabéticos, sendo estabelecido que:
- pacientes com diabetes tipo 1 devem fazer seu primeiro exame de fundo de olho após
5 anos do diagnóstico e repetir pelo menos uma vez ao ano.
- pacientes com diabetes tipo 2 devem fazer seu primeiro exame de fundoscopia assim
que for feito diagnóstico e repetir o exame pelo menos uma vez ao ano.
Quais são os fatores de risco?
- Tempo de doença
- Mau controle glicêmico
- Genética
- Hipertensão
- Tabagismo
- Gravidez
Como diagnosticar a retinopatia diabética?
O primeiro exame a ser realizado é o fundo de olho ou fundoscopia. Esse exame é rápido,
indolor e é realizado no consultório oftalmológico. Através dele avalia-se a retina, o nervo
óptico e os vasos sanguíneos. Em caso de retinopatia diabética, o oftalmologista poderá
encontrar algumas alterações como microaneurismas, hemorragias, manchas
algodonosas, alterações de vasos sanguíneos entre outros.
Caso seja detectado algum desses sinais de retinopatia diabética, exames
complementares poderão ser solicitados, são eles:
- TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA (OCT): é um exame não invasivo e de não
contato, sem contraindicações e sem riscos à saúde. Através da de um feixe de luz são
formadas imagens de todas as camadas da retina. Esse exame é ideal para
diagnosticar o edema macular diabético, uma complicação grave da retinopatia
diabética que causa severa reeducação da visão do paciente.

É um exame que tem como objetivo estudar a trama vascular da retina. É feita a administração endovenosa de um corante (fluoresceína sódica) enquanto são realizadas capturas de imagens dos vasos sanguíneos da retina. É contraindicada para gestantes no primeiro trimestre e para alérgicos ao corante. Sabendo-se que a retinopatia diabética pode causar importantes alterações vasculares, esse exame pode fazer parte da investigação desta doença.
Angiofluoresceínografia com presença de múltiplos pontos hiperfluorescentes correspondentes a microaneurismas em paciente com retinopatia diabética.
Imagem: arquivo pessoal.
- ANGIOFLUORESCEÍNOGRAFIA:

- RETINOGRAFIA:
Imagem: arquivo pessoal.
É um exame que tem como função realizar o registro fotográfico da retina central e
periférica. Com ela é possível avaliar o disco óptico, os vasos sanguíneos, a mácula e a
periferia da retina. Assim podemos realizar o acompanhamento e progressão da retinopatia diabética.
Após a realização desses exames, será definida a classificação da retinopatia diabética,
podendo ser:
-
Não proliferativa leve
-
Não proliferativa moderada
-
Não proliferativa grave
-
Não proliferativa muito grave
-
Proliferativa
-
Com ou sem Edema Macular Diabético
Como tratar?
Medidas Gerais:
- Controle glicêmico: é uma das medidas mais importantes para o tratamento da
retinopatia diabética. Pois controlando a glicemia, ocorre redução da progressão da retinopatia.
- Controle das demais: comorbidades como hipertensão, colesterol, anemia e doenças renais.
- Panfotocoagulação: considerada para pacientes graves muito graves.
- Tratamento do edema macular diabético: são utilizadas medicações intra-vitreas, ou seja,
são aplicadas injeções nos olhos acometidos com drogas eficazes no
controle e redução do edema.